Gostaria de deixar aqui o relato da minha experiência aos futuros intercambistas. Espero que ajude a esclarecer alguns pontos. Lá vai!
Para iniciar um intercâmbio, sempre temos aquelas dúvidas, tais como para onde ir, quanto pagar, como viver durante o período de intercâmbio, preços, como são os costumes do lugar, quais os passos pré e pós embarque. Decidi vir para Dublin e então comecei a pesquisar agências para me auxiliar na minha mais nova e importante empreitada e encontrei então a MD4S.
A Carolina Ojeda e o Victor Lorasque foram minha linha direta, inicialmente através de e-mails e pela internet tive todo o auxílio necessário para escolher a escola, sempre tendo grande riqueza de detalhes e respostas para todas as dúvidas. Esta é uma fase muito importante e a partir daqui pude adequar meu orçamento e planejar a minha estratégia para viver o intercâmbio. A MD4S me ajudou muito a enxergar com mais clareza e confiança a realidade dos custos. Fechamos tudo por e-mail. Foi a minha primeira experiência com este tipo de canal online e tive êxito tanto nos pagamentos quanto nos recibos e documentos da escola para comprovar minha situação de estudante na imigração do aeroporto.
Planejar é fundamental além de estar a par de todas as regras locais para trabalho com visto de estudante e ter a ciência de que devemos ter um bom controle sobre gastos com diversão, uma vez que, inevitavelmente, ao chegar em Dublin é comum querermos conhecer tudo e ir a todos os lugares. Recomendo sempre trazer além dos € 3,000 uma grana a mais para o período em que a documentação fica pronta, prazo este que leva em média um mês. Durante este período, para se manter aqui, seria legal trazer pelo menos mais uns € 700.
Visitei depois a filial da MD4S em São Paulo e conheci pessoalmente a Carol e o Victor. Batemos um papo muito bom e eles prontamente me tiraram mais dúvidas e também me ajudaram a lidar com a ansiedade que nos toma conta neste período pré-embarque. Pude constatar pessoalmente neste momento todo o profissionalismo e preocupação da agência em nos auxiliar de forma coerente, direta e muito amigável em relação aos passos pré-embarque, fator muito importante pra mim, marinheiro de primeira viagem deste tipo, apesar de ter assistido muitos vídeos na internet. Conversamos sobre tudo, desde o que levar nas malas, como lidar com o frio irlandês, até sobre o quesito de procurar emprego. Eles moraram aqui ano passado e possuem informações valiosas e precisas, o que me confortou bastante no pré-embarque.
Chegado o dia, 05/05/2015, embarquei para Dublin. Me acomodei no Jacobs Inn hostel e logo no primeiro dia fiz uso do meu seguro internacional, pois sofri dores agudas de cólica renal e descobri que tinha três pedras nos rins. Eu não tive tempo sequer de comunicá-los sobre minha chegada e no meio da madrugada fui parar no hospital. A importância de ter o seguro internacional é que a minha consulta no hospital deu cerca de € 400 e o seguro cobriu esse custo e me orientou para onde ir.
À noite, depois de medicado, finalmente falei com o representante da MD4S aqui em Dublin, quem gentilmente foi até o hostel, bateu um papo comigo e me deixou mais tranquilo. Ele me passou seu contato e se colocou disponível para me auxiliar caso eu precisasse de algo. Além disso, ele me convidou para conhecer, no dia seguinte, a matriz da MD4S que fica aqui mesmo em Dublin, onde ele me deu mais informações valiosas sobre a cidade e pude conhecer o resto do pessoal da agência.
Pessoalmente senti a necessidade de me instalar numa casa e sair do hostel, até para poder repousar mais tranquilamente nesse período de recuperação onde estava sendo medicado. Foi dado início à procura da minha primeira acomodação fixa, onde novamente a MD4S me auxiliou. Agradecimento especial para o Victor Lorasque que nesse período sempre me marcava nas oportunidades dos grupos de classificados do Facebook, de forma que em dois dias, no meu quinto dia em Dublin, eu já tinha escolhido uma residência e me mudado.
Os primeiros dias aqui são uma loucura. Cheguei no início do verão e a temperatura estava agradável, entre 15 e 17 graus. A noite começava às 23h neste período do ano, quando os dias são mais longos e tem um clima bem parecido com o da cidade de São Paulo. Eu vim sozinho e faz parte do processo fazer contatos com a galera que naturalmente se tornam seus amigos aqui. Dublin é uma cidade globalizada, gente de todo o mundo e neste quesito tive a sorte de só encontrar pessoas que me acrescentaram muito e me ajudaram bastante, desde aquela forcinha psicológica por estar sentindo fortes cólicas renais quanto pela saudade da família que nesse momento foi muito grande! rsrsrs
Esse período inicial pede muito controle financeiro também. Não é incomum ouvir histórias de pessoas que chegam aqui com o valor exato para tirar o visto estudantil e em três meses já tinham torrado todo o orçamento, se complicando muito para se manter aqui pois ainda não tinham sequer começado a procurar emprego. Tenha sempre muito controle e tente ao máximo seguir o planejado, se o orçamento for curto. De fato, Dublin é uma cidade que oferece muitos programas gratuitos como parques e museus, mas a vida norturna aqui tem todo um charme que nos convida sempre a querer explorar mais um cantinho da cidade.
Além das aulas de inglês que faço na Delfin, e recomendo muito a escola, faço também espanhol na Charpterhouse, mais um ponto positivo para a MD4S que nos oferece gratuitamente essa oportunidade, independente de qual escola de inglês você se matricular. Esta é uma forma de ampliarmos muito nossa rede de contatos e uma terceira língua mais familiar à nossa nos coloca em contato com mais pessoas que vivem aqui. Vale muito a pena para quem quer absorver a cultura e todas as nuances de Dublin.
Viver no centro da capital irlandesa é conhecer gente do mundo todo, inclusive brasileiros, pois aqui se concentram as escolas. Vejo pontos positivos e negativos nisso. Para aprender inglês, o ideal é viver a língua em tempo integral, o que não é tão fácil quando se mora com brasileiros. Por outro lado, os brasileiros se ajudam muito, tanto em relação à moradia quanto com indicações de emprego. E no meu segundo mês na terra dos Leprechauns, pude fazer o meu primeiro freelance de kitchen porter, graças a uma indicação.
Os dias vão passando, você vai se estabilizando, vai se acostumando a falar com a família e amigos pela internet e aí você vai se sentindo em casa. Sou de São Paulo e ando por aqui tranquilamente, sem sentir medo. Me previno da melhor forma, evitando andar sozinho pela madrugada ou carregar grandes valores comigo por aí. Dicas que valem para qualquer lugar do mundo. Não dá para comparar o nível de violência da minha cidade (e muito amada São Paulo) com Dublin e, de fato, nestes dois meses eu não tive nenhuma experiência ruim por aqui, mas sempre tomando medidas básicas de segurança pessoal.
E vou seguindo minha jornada por aqui, acompanhando todas as transformações sociais, comportamentais e culturais que esta incrível cidade vem passando, enquanto planejo os próximos passos do intercâmbio. Chegar aqui com um bom planejamento e o auxílio da equipe da MD4S com certeza me ajudou a realizar o desejado intercâmbio, este que sempre foi um sonho, como naturalmente novos sonhos continuam a surgir a cada conquista alcançada.
Um agradecimento especial aos meus amigos da equipe MD4S, por todo o profissionalismo, parceria, paciência, tranquilidade e zelo.
Desejo a vocês muito sucesso!
Guilherme Ghelfi.